segunda-feira, 8 de maio de 2017

SOBRE AS MAIS BELAS HISTÓRIAS - Edélzia Cristina Sousa Versiani



Disponível: Biblioteca da Faculdade de Educação (FAE).
Localização na estante: 372.6044 C335m 
Referência: CASASANTA, Lúcia Monteiro. As Mais Belas Histórias. Belo Horizonte: Editora do Brasil em Minas Gerais, 1958. (Série As Mais Belas Histórias, 1-5).








Lúcia Schmidt Monteiro de Castro nasceu em Santa Luzia-MG (1908-1989). Adotou Lúcia Monteiro Casasanta como nome de casada. Uma das mais importantes educadoras do país, a escritora mineira estudou em Ouro Preto, Belo Horizonte e especializou-se em Metodologia do Ensino da Língua Pátria, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. A partir da sua formação na Escol
Normal, em 1926, dedicou-se de forma brilhante e exemplar à educação. Foi defensora do Método Global de Contos para o ensino da leitura, com enfoque na formação de leitores e criou a primeira biblioteca infantil no Brasil e a primeira clínica para tratar das dificuldades de leitura e da dislexia.
 “As Mais Belas Histórias”, obra célebre de Lúcia Casasanta, faz parte do imaginário literário de várias gerações, pessoas de 7 a 100 anos. Interessante como essa série didática conseguiu e ainda consegue encantar diversas gerações das mais variadas origens. Certamente, essa obra fala diretamente ao inconsciente dos leitores que, ávidos de contato com as coisas mais simples e puras da vida, se identificavam de chofre com essas histórias. Histórias cheias de encantos, sem serem necessariamente contos de fadas de mundos muito distantes. Pelo contrário, falam daquilo que está ao nosso redor, no nosso dia a dia, da vida no campo, da ingenuidade das crianças e dos adultos, dos pobres, das aventuras dos animais, modernamente ligada à ecologia. Fruto de uma mente fértil e saudosista, As Mais Belas Histórias narra o que cala fundo na emoção do leitor, que é capaz de vivenciar personagens, situações e aprendizado, eternizados na sua mente.
Ao reler essa obra, recordo das ilustrações e do não entendimento das letras, porque ainda não sabia ler e já manuseava esses livros, incentivo para me tornar assídua leitora e futura profissional dos livros e da informação.
De tão interessante se faz essa obra, que verifico, por vários meios, digitais e analógicos, a busca do resgaste de pelo menos uma de suas histórias. Muitos têm esses livros como verdadeiras jóias, raridades que gostariam de novo folhear, ler, recordar e repassar para filhos, sobrinhos, netos... Que emoção proporcionar aos pequenos o privilégio de conhecer e se embalar nas histórias dos Três Porquinhos, Joca, Rapunzel (- “Rapunzel! Lance-me suas tranças!”), João Jiló ([...] “- Ai! João Jiló! Atire devagar, João Jiló, porque dói, dói, dói, João Jiló!”), Epaminondas, A Cabra Cabriola, João Felpudo e tantas outras narrativas da maravilhosa lavra dessa emérita professora. As Mais Belas Histórias ... obrigada, Casasanta, pela Festa no céu, que nos ensina a pedir para nos jogar na pedra!
Edélzia Cristina Sousa Versiani
Bibliotecária do Instituto de Ciências Agrárias


Edélzia Sousa
Bibliotecária

ICA/UFMG




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